Porto Alegre, 28 de junho - 22h45min
Sabe quais são as coisas simples de que falo?
O ver, o tocar, o escutar, o aprender, o sentir.. e o perceber.
É impressionante o quanto podemos aprender através das coisas mais simples.
Um valor. Uma cultura.
É impressionante a forma como isso pode nos afetar.
Causar emoção, trazer lágrimas aos olhos.
Vim para Porto Alegre para participar do 'I Fórum Internacional sobre a temática Indígena'.
Hoje houve uma mesa redonda com quatro indígenas - e estes... fizeram brotar lágrimas.
Uma fala pausada, tranquila, tão bacana de escutar.
Outro ritmo.
Contrário da esquizofrenia presente na sociedade contemporânea.
Primeiro, porque temos tempo - falta de - ?
Mal começou já tem de terminar?
Eles não nos entendem... mas de fato, alguma vez paramos para refletir sobre isso?
E nós, conseguimos entendê-los?
Exercício de relativização...
Tudo foi muito bacana, os relatos dos indígenas, as palestras (em especial a da Márcia Bezerra!), mas o que mais me provocou hoje foram as falas de dois dos indígenas que palestraram, Claudine e o Cacique. Eles falaram dos velhos. Dos seus velhos. Para eles, os velhos são uma biblioteca, são eles quem guardam suas tradições... na memória. A forma de consulta? Através dos relatos, das conversas... sem hora para acabar!
Para conseguirem viver no caos das cidades, eles consultam 'seus' velhos... e só assim conseguem 'manter o foco'.
Temos muito o que aprender com eles, principalmente sobre a forma como referem-se àos mais velhos da aldeia.
Isso me faz pensar sobre o que fazemos com 'os nossos' velhos... coisificando-os.
Deixo aqui um convite à reflexão, sobre como nos relacionamos com o mundo, com as coisas e com as pessoas a nossa volta...
Um post verdadeiro, profundo, que leva-nos a meditar sobre cada momento da vida, adorei passear por aqui, por isso acho q vc merece bjos, bjos e bjosssssssssssssss
ResponderExcluirRô, parabéns por propor essa reflexão.
ResponderExcluirPor frear um pouco a loucura diária que nos priva de perceber alguns sentidos...conseguiste buscar na fonte alguns valores "antídoto" para o que eu chamo de comportamento esquizofrênico contemporâneo.
Precisamos de mais vivência sensorial do que mecânica!!Ainda somos humanos. Não somos????
RO, o prazer da vida está nas coisas simples mesmo, e ultimamente o simples parece tão longe pra muitos...Quando dividimos com o outro nossas experiências multiplicamos o simples, e isso é tão bom né?! Adorei a passagem sobre os Índios e "seus velhos", uma coisa simples, mas profunda, fiquei pensando na loucura em que vivemos, nos horários a serem cumpridos, e acho que podíamos dar uma freadinha né?! Teu texto me fez refletir bastante... Um beijo!
ResponderExcluirPessoal, muito obrigada pelos comentários! Fico muito feliz em ter alcançado o objetivo quanto a 'provocação reflexiva' sobre este assunto.. Vivi, precisamos sim, urgentemente eu diria, dar uma freadinha! Helô, apesar de a maioria das pessoas não perceber - ou se esquecer -, ainda somos humanos sim. Ou deveríamos repensar estas questões para voltar a ser.. voltar a sentir.. Castanheira: "meditar sobre cada momento da vida'.. que bom se fizéssemos isto com mais frequencia, não?? John Lennon já nos dizia em suas canções: "Vida é o que acontece enquanto você está ocupado fazendo outros planos." Vamos acordar pra vida!!!!!
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